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Mantra

Posted on January 23, 2025January 23, 2025 by Regenerativo

Destino.

Uma palavra que carrega um peso enorme. Pode ser aquilo que nos espera lá no fim, no final de tudo, ou simplesmente o lugar para onde vamos. Como quem está numa estação de comboios, a olhar para o horizonte, onde o trilho se perde no desconhecido. Parece fácil pensar que o destino é só o fim do caminho. Mas… e o caminho? Esse é a escolha, a direcção que seguimos, empurrados pelos nossos desejos, pelos nossos medos, ou pelo que nos dizem que é possível.

Mas será que o destino já está escrito? Alguma coisa que não podemos mudar, como uma história pronta? Ou será que o destino é simplesmente aquilo que projectamos, seja de forma consciente ou não, ao longo da nossa caminhada?

Pensa nisto: porque será que o que passa na televisão se chama programação? Coincidência? Acho que não. Olha para o horário nobre, para aquilo que nos mostram. Dá para dizer que nos inspira, que nos faz sonhar? Claro que não. O que nos dão são tragédias, medo, distopias. Um ciclo infinito de tudo o que pode correr mal. E será isto falta de jeito ou será pensado ao detalhe?

Não é inocente. O que consumimos, sem darmos conta, acaba por se transformar no que projectamos. E o que projectamos molda a nossa realidade. É impossível consumir tanto pessimismo e não começar a acreditar que é assim que as coisas têm de ser. O destino colectivo torna-se uma prisão. Uma prisão feita dos medos que nos ensinaram a carregar.

Mas sabes o que é mais curioso? Por mais escuro que o céu pareça, o sol está sempre lá em cima, escondido atrás das nuvens. A luz, a alegria, a esperança – tudo isso está lá. Mesmo nos dias mais cinzentos. Essa ideia simples, quase infantil, lembra-nos que, por muito mau que o presente possa parecer, há sempre um potencial maior à nossa espera. O problema é: conseguimos imaginá-lo? Conseguimos sonhar com algo melhor?

É aqui que entra a lei da atracção. Não como uma moda ou um conceito abstrato, mas como uma ferramenta real. Quando pensamos no que queremos, quando alimentamos a nossa mente com imagens positivas, estamos, sem dar conta, a abrir caminho. A moldar o nosso destino. Porque aquilo em que nos focamos ganha forma, energia, direcção.

Por outro lado, se deixamos que o medo e a ansiedade tomem conta de nós, adivinha o que acontece? Criamos exactamente aquilo que queremos evitar. As preocupações, os receios, as dúvidas – tudo isso tem uma força criativa tão grande como os sonhos. E assim, o destino transforma-se numa armadilha. Uma armadilha feita por nós mesmos.

O destino não é algo que nos espera, imóvel, no final do percurso. É algo que construímos todos os dias. Começa nas histórias que escolhemos acreditar, nas imagens que alimentamos na nossa mente, no que consumimos e no que deixamos entrar. Somos nós que desenhamos essa projeção, mesmo que muitas vezes não nos apercebamos disso.

E, se há sol acima das nuvens, a chuva não é o fim. É só uma parte da viagem. O que importa é a direcção que escolhemos, o que decidimos construir, o horizonte que desenhamos. O destino não é mais do que o reflexo das nossas crenças, das nossas escolhas e daquilo que nos atrevemos a imaginar.

Quando deixarmos de ser apenas espectadores de uma programação imposta e assumirmos o controlo da nossa própria narrativa, vamos perceber que podemos criar um destino que vale a pena viver. Um destino de luz, de propósito e de verdadeira criação.

Este pensamento é dedicado ao meu pai, Carlos Santos, que ainda ontem me disse “cuidado com o que desejas, porque geralmente acontece”.

Category: Pensamentos soltos

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